sexta-feira, 17 de maio de 2013

Boneca Virtual x Freira Gostosa

Musa Estilo Restart - Por Mariana Salimena

Nesta linda noite de sexta-feira, dissertarei sobre o lançamento de dois clipes de rock and roll, enquanto como uns biscoitinhos de banana com canela. Alíás, biscoito doce tem tudo a ver com a banda que lançou o clipe "Cara de Santa" esta semana, os fofos do Restart. O problema é que este meu quitute não tem nada a ver com a outra banda que também divulgou seu novo clipe, o Deep Purple (acho que com essa combinaria mais uma boa picanha mal passada).

O que me levou a unir Restart e Deep Purple no mesmo artigo foi o fato de que em ambos os clipes contam com musas! E estas musas praticam a belíssima arte do pole dance. Quem diria? O Restart tendo musas, por um bom tempo pensei que eles fossem assexuados, uma espécie de Teletubies com guitarras. Mas eu estava enganado, a letra da música tem termos que sugerem o ato da masturbação: "ficar na mão". Além de vocalizações de "ahns, ahns, ahns" que insinuam uma cópula. Safadinhos estes coloridos, hein? Você que ainda não viu o clipe e está lendo agora estas minhas palavras deve estar pensando: "Pô, os caras do Restart estão amadurecendo, já fazem ahns, ahns, ahns, ô ô ô ô e já se masturbam?". Até poderia ser animador, mas não é. Não tem como ser animador a partir do momento que você assiste o clipe e vê quatro coloridinhos flertando com uma boneca virtual, uma musa feita no 3D Max.

Ao fazer rock and roll, por que não colocar uma mulher de verdade para interpretar a musa-com-cara-de-santa-que-se-faz-de-inocente-mas-gosta-do-love-love-love-love-me? A resposta é simples, o público do Restart é um público que está começando agora a conhecer seus pelos pubianos. Talvez colocar uma musa de verdade, deixaria o clipe com um "arzinho" de inapropriado para melhores. A bonequinha virtual deixa o clipe mais fofinho, a questão sexual torna-se mais lúdica, quase uma diversão. Em outras palavras o  Restart está promovendo um flerte sexual "politicamente correto" (para usar o termo tão difundido atualmente), respeitando a idade de seu público.

Interpreto isso como uma tentativa da banda de preparar seu público para a transição entre a vida púbica e a adulta. A banda vai envelhecendo junto com seus fãs e seria um tanto incoerente se eles continuassem a cantar musiquinhas que serviriam de trilha sonora para o Patati-Patatá. Assim notamos uma banda que aos poucos vai inserindo questões mais maduras em suas músicas. Um Restart que coloca devagarinho para romper cuidadosamente o hímem de seu público e não provocar um sangramento abundante.  Um ato de prudência para não estragar o ridículo conto de fadas que criou nos últimos anos e que ainda rende um rico dinheirinho. De qualquer forma não deixa de ser brochante falar de sexo usando uma bonequinha virtual.

Enquanto o Restart se preocupa com o hímem de seu público, do outro lado do Atlântico o  Deep Purple não tem com o que se preocupar. Os velhos fizeram um clipe ruim, mas divertidíssimo homenageando Vincent Price, um célebre ator de filmes de terror. Ao invés de usar figuras estilo disneylândia, eles apostaram em tradicionais figuras do cinema trash: o Vampiro, o Frankstein e a Múmia. Uma estética que imita os filmes do ator homenageado, o clipe nos mostra uma espécie de pastelão de terror.

O vídeo em si é uma bosta, mas a tragédia seria maior se a música não fosse tão sensacional e o clipe não contasse com uma musa melhor ainda. Pe Lanza nenhum botaria defeito na freira gostosa que pratica um maravilhoso "pole dance" para um vampiro bobão. A musa do Deep Purple é a mistura o sagrado ao profano e nos proporciona uma excitante sensação de culpa por estar desejando invadir sexualmente uma figura "sacra". E a culpa é um tempero do tesão. Muitas vezes uma freira é mais excitante que uma paniquete. Comeríamos uma paniquete sem culpa, mas a freira...

A coincidência é que o Restart também usa  a questão do sagrado ao dizer "cara de santa", mas é algo bem sutil, não se compara a uma freira de lingerie.

Enfim, os lançamentos desses dois clipes revela o contraste entre uma eterna banda de rock and roll e uma banda que é um produtinho cultural.  Esta última se preocupa em ser conveniente com seu público - ou melhor com os pais do público, são eles que levam os filhos ao show e se decidirem que o conteúdo é inadequado, Pe Lanza e os teletubies não ganharão suas gorjetas. Por isso a necessidade de oferecer bonequinha virtual.Já banda  que faz rock and roll sincero tem a liberdade de oferecer uma freira libidinosa ao seu público. Afinal, esses fãs já  foram descabaçados em 1972 no lançamento do álbum Machine Head. O público do Deep Purple há muito tempo é uma dominatrix com o o grelo do tamanho de um mamão papaia, profundo e púrpuro.

Confiram os vídeos de "Cara de Santa" e de "Vincent Price".












2 comentários:

  1. HAHAHAHA adorei as críticas ao Restart. Realmente, ao lado de uma musa freira stripper, essa bonequinha em 3D cai no patético. Mas eu até me pergunto: qual a pretensão do Restart, afinal? Acho que eles entram em alguma nova leva do rock nacional, longe dessas referências mais clássicas e de homem de verdade, parece mais um rock cristão que cuida de seu público, igual o que você disse do lance do hímen... acho que eles gostam é de fazer amor, o sexo a gente deixa para os grandes jurássicos dos anos 70...
    (deve ter sido a época mais orgástica do rock and roll)

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    1. Que isso, os anos 70 foram só as preliminares. O rock and roll vai romper muitos hímens ainda e fazer muita gente gozar. Só depende da gente, minha princesa.

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